Tribunal rejeita contas das câmaras de Barrocas e Queimadas

Os dois municípios estão situados no território do Sisal

Barrocas – Na sessão desta terça-feira (01/11), o Pleno do Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou as contas da Câmara de Barrocas, porque irregulares, sob a responsabilidade de Gilberto de Queiroz Brito, relativas ao exercício de 2010.

A relatoria imputou multa de R$ 5 mil ao gestor, pelas irregularidades remanescentes no parecer, e outra de R$ 13.374,79, correspondentes a 30% dos seus vencimentos anuais, pela não publicação de relatórios de gestão fiscal. Ainda cabe recurso da decisão.

Esteve sob a responsabilidade da 9ª Inspetoria Regional de Controle Externo o acompanhamento da execução orçamentária da Câmara de Barrocas, que registrou a realização de despesas expressivas com a aquisição de materiais de consumo e escritório, com a locação de veículos e a aquisição de combustíveis, além de despesas imoderadas com a manutenção de veículos.

Foi repassada ao Legislativo, a título de duodécimos, a importância de R$ 785.193,52, em cumprimento ao limite imposto pelo art. 29-A, da Constituição Federal.

As despesas empenhadas e pagas alcançaram o montante de R$ 785.193,52, não havendo a inscrição de valores em restos a pagar, cumprindo registrar a existência de despesas de exercícios anteriores no valor de R$ 63.616,73, sem saldo suficiente para honrar os compromissos, em desrespeito ao estabelecido no art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na conformidade do art. 29-A, da Constituição Federal, o total da despesa do Poder Legislativo, incluindo os subsídios dos vereadores e excluindo os gastos com inativos, não poderia ultrapassar o montante de R$ 766.193,57, mas a despesa orçamentária empenhada alcançou o montante de R$ 785.193,52, ultrapassando o limite estabelecido no art. 29-A, da Constituição Federal, o que também comprometeu o mérito das contas.

Queimadas – O Tribunal de Contas votou pela rejeição das contas do presidente da Câmara de Queimadas, Lazaro José dos Santos Silva, relativas ao exercício de 2010, com multa no valor de R$ 700,00 ao gestor pelas irregularidades remanescentes no parecer.

O relatório revelou a inexistência, ao final do exercício, de saldo nas contas bancos e caixa, todavia, verificou-se a existência de despesas a título de DEA – Despesas de Exercícios Anteriores – no total de R$ 684,60, caracterizado o descumprimento do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que comprometeu negativamente o mérito das contas.

O gasto total com folha de pagamento no montante de R$ 539.372,19, correspondeu a 59,70% dos recursos transferidos, respeitado o disposto no §1º do artigo 29-A da Constituição Federal.

O pronunciamento técnico destacou a realização de gastos pouco parcimoniosos na aquisição de materiais de consumo, combustíveis e locação de veículos, além de divergências entre o lançamento efetivado no sistema informatizado SIGA e a documentação encaminhada à Regional.

Ainda cabe recurso da decisão para os presidentes.

Fonte: TCM

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